Se você gosta de viajar, viaja a trabalho ou mesmo iniciou nessa vida, é possível que já tenha ao menos tido ou vários perrengues de viagem. Nós não somos diferentes, e aqui decidi compartilhar algumas de nossas experiências e situações, no Brasil e no exterior.
Hoje todos eles nos garantem algumas risadas, hoje. Alguns deles realmente deixaram-nos com o coração na mão, e outros foram situações que jamais pensamos em passar. Mas, todos acabam com aprendizados, e boas histórias no final.
Confiram 10 perrengues de viagem que já passamos, e deixa nos comentários os seus perrengues de viagem também!
1. Visto esquecido para os EUA: Esta foi nossa situação mais recente, até a data deste post pelo menos, e já aconteceu com mais gente. Nós fomos para o aeroporto com tranquilidade para uma viagem planejada há meses de cruzeiro pelo Caribe, saindo de Miami.
Eu tenho visto americano desde criança, renovado algumas vezes, e estou cansada de saber que o passaporte sempre acaba vencendo antes do visto, e por isso, precisamos levar o passaporte atual, assim como o antigo, apenas pra levar o visto. E eu simplesmente esqueci totalmente de pegar o segundo passaporte. É claro que, ao chegar no balcão do check-in, bateu o desespero.
Nestas horas, contamos com sorte desde a data da compra. Esta viagem fizemos junto com meus pais e a família da minha irmã, saindo de Curitiba, com conexão em São Paulo pra Miami. A ideia era ter comprado as passagens juntas, mas houve uma diferença muito grande nos preços quando eu fui comprar pra minha família, comparada a da minha irmã. Então, compramos um trecho onde o vôo aos EUA era o mesmo, mas o vôo para a conexão era mais cedo do que o deles. Estas horas fora preciosas no fim das contas.
A segunda sorte é que, pouco antes de sair de casa, decidi deixar nossa chave da porta em nosso comércio, onde meus sogros ajudariam no período que estaríamos fora. Era o horário de folga dele, e ligamos pra ele ir correndo pegar os documentos e levar no aeroporto, de moto! Perdemos o vôo que iria para Guarulhos, mas conseguimos trocar o vôo para ir até Congonhas, e ir de Uber até o outro aeroporto. Conseguimos chegar com tempo suficiente até pra comer alguma coisa, e fomos abençoados pela Latam, que não nos cobrou nada pelas alterações, e ainda por cima ganhei sem querer uma franquia de bagagem que não tinha na volta!
Por isso, NUNCA se esqueça de conferir onde estão os passaportes e os vistos, e acredite, você não vai querer cometer o mesmo erro que eu (blogueiros de viagem também erram).
Leia também: Miami com Criança – 8 passeios deliciosos!
2. Sinal da cruz da comissária de bordo depois do avião arremeter: Eu estava com minha mãe voltando de uma viagem que fizemos para Gramado e o tempo estava chuvoso ao se aproximar de Curitiba, que sempre tem suas instabilidades. Mesmo estando acostumada com esse fato, já que moro na terrinha, ventava bastante e a sensação já estava bem incômoda ao se aproximar do aeroporto.
Quando estávamos prestes a aterrissar, o avião arremeteu. Não sei se vocês já tiveram uma experiência dessas, mas garanto que não é muito legal, afinal, a primeira coisa que você pensa é “por que raios não pudemos pousar?”
Pra incluir a cereja do bolo, nós, que estávamos sentadas na primeira fileira do avião, víamos a comissária de bordo em nossa frente, e ela fez o sinal da cruz enquanto o avião balançava e se preparava para pousar em outra direção. Foi a hora que pensei “eu vou morrer agora”.
Felizmente, durou pouco, e a mudança foi justamente porque o vento ficou desfavorável na hora da descida. O piloto pousou pela outra direção, e saímos sãs e salvas. Mas na dúvida, feche os olhos!
3. Turbulência de 20min com direito a bagageiros abrindo na ida à Porto Alegre: Da falecida cia aérea Web Jet, aconteceu quando fui a trabalho para Porto Alegre em um vôo com a empresa. Aliás, percebi que tenho 3 perrengues de viagem envolvendo o aeroporto de Porto Alegre, fora o anterior e o próximo.
Os aviões deles eram bem antigos, e quando decolamos, as turbulências começaram, e era bem fortes. Parecia que não acabariam nunca, e enquanto a maioria do vôo estava quieta e tensa, meu colega dormia profundamente. Não demorou muito quando, de repente, dois bagageiros abriram. Caíram roupas e pequenos objetos no chão, felizmente, nada pesado. A sensação era que, logo, o avião inteiro ia desmontar.
Porém, tudo mudou da água pro vinho. Depois de chacoalhar feito centrífuga por quase 30 minutos, tudo acalmou, e pousamos bem na cidade.
4. Aeroporto fechado por conta de vulcão com volta de carro: Essa mesma viagem, que foi mais encantada do que nunca, nos causou um outro problema. Na época, houve um vulcão, no sul da Argentina, que entrou em erupção. A fumaça se espalhou pelo país e fechou aeroportos do país, e tinha chegado até o Uruguai.
As chances eram mínimas de o vulcão realmente alcançar Porto Alegre, e o vento estava favorável para recuar até embarcarmos. Mas, sabe como é lei de Murphy né… os ventos mudaram, e quando chegamos, nos avisaram que o aeroporto iria fechar exatamente naquela hora.
Atendemos o compromisso profissional rapidamente no dia seguinte para ver se conseguiríamos voltar pra casa e o céu estaria limpo. Era sexta e queríamos muito aproveitar o final de semana de volta em Curitiba. Mas, o que encontramos foram check-ins vazios e uma fila gigantesca nas lojas das cias aéreas. Não tinha previsão, e até pilotos e comissários estavam indo de ônibus, seja lá pra onde fossem, e que já estavam todos lotados.
Como era empresarial, tínhamos a liberdade de mudar os gastos sem ter tantas preocupações, e falei que queria encarar os 800km de carro para meu colega. Ele me achou louca por nunca ter dirigido na estrada, mas como não tinha ideia de quando a situação se resolveria, e podíamos pegar o carro e devolver em nossa capital, eu disse que ia sozinha se ele não viesse (e viria mesmo, estava totalmente determinada). Pedimos pra agência cancelar nossas passagens, e encaramos a estrada.
Porém, como estávamos cansados de já ter trabalhado a maior parte do dia, optamos por dormir no meio do caminho entre Porto Alegre e Curitiba. Liguei pro meu pai que disse ter um hotel de beira de estrada bem na BR, em Lages/SC. Foi nele mesmo que ficamos e era super simples, mas cada um de nós pegou um “quarto luxo” em uma noite bem fria. E olha que não foi ruim: tinha ar condicionado quentinho e cobertores gostosos. Acordamos cedinho de manhã e chegamos na hora do almoço no sábado em casa.
A situação em POA melhorou já no sábado, mas muita gente estava presa lá ainda, então normalizou só entre domingo e segunda, e passei o fim de semana com o marido, não me arrependo. E olha, passamos por ali no outono, e há um trecho da BR 116 perto de Caxias do Sul que fica encantador entre folhar alaranjadas e marrons de vários tons. Só não tinha nada de romântico, e felizmente, meu colega realmente era apenas colega de trabalho, e fiquei só imaginando quando que poderia voltar com o marido ali.
Lição aprendida: não tem como mandar no clima. Se você decidir embarcar quando pode ter uma tempestade, furacão, neblina ou até fumaça de vulcão, pode saber que é uma loteria!
5. Sem assento infantil depois de voltar de Paris: O assento neste caso não é do vôo, mas aquele de elevação para crianças até 7-8 anos. Voltamos depois de uma jornada europeia deliciosa, sendo nosso retorno de Paris até São Paulo.
Esta foi uma passagem com preço ótimo mesmo de black friday, mas não tinha a conexão inclusa, e os preços não estavam amigáveis justamente pra ir de Curitiba até São Paulo. Optamos por ir e voltar de carro até São Paulo, e como é caro alugar assento de elevação ou bebê conforto com qualquer locadora, preferimos levar o nosso mesmo, que iria como mala de mão do Mateus.
Deu tudo certo, mas como tínhamos mais bagagens na volta, e ainda sobrou uma bagagem, decidimos despachar. Pois chegaram todas as malas e justamente não veio o assento do guri. Porém, não podíamos pegar a estrada sem ele!
Foram mais de duas horas falando com um e outro para uma solução, e sobrou no fim das contas, sobrou pro caçula. Eles tinham apenas um bebê conforto que acharam na cia aérea, e colocamos nosso André, de 2 anos, em um bebê conforto super apertado, e o Mateus voltou na cadeirinha do André, quase extrapolando do limite. Era super desconfortável, mas era o mais seguro. A dureza é que já tínhamos encarado um vôo longo e isso cansou MUITO mais eu e o marido, que nos revezamos no volante, mas foi difícil não dormir na estrada Chegaríamos meia noite e chegamos 3h30 da manhã em casa.
Parte boa: entramos com uma ação contra a cia aérea, e ganhamos. No fim, todas as passagens aéreas foram pagas por eles mesmos, mas foi dureza!
Tem vários post de Europa aqui no blog, mas se for com crianças, veja os 99 passeios nas principais cidades europeias pra fazer com crianças. As dicas são ótimas!
6. Avião, barco e ônibus com bebê: Este não bem um dos perrengues de viagem, acho que mais uma pequena loucura mesmo. Meu esposo queria voltar pra Buenos Aires 5 anos depois de nossa lua de mel, que passamos lá. E eu queria conhecer o Montevideo. Depois de muito pensar, decidimos fazer os dois, indo da Argentina pro Uruguai, onde fomos primeiro de avião, e atravessamos o Rio da Plata com o Barco Buquebus, mais 2h de ônibus até Montevideo.
Tudo isso seria normal, se não tivéssemos o Mateus de 9 meses com a gente na jornada. E fomos com tudo pela segurança. Passamos vários apertos em táxis com zero espaço pra bebê conforto e o carrinho grande porque eu queria encaixar um no outro.
No fim das contas deu certo, mas não repetiria dessa forma, veria opções de trajeto mais práticas, e especialmente o carrinho, é melhor levar o compacto (tem os modelos como guarda chuva e mesmo o que cabe no bagageiro do avião na minha lista de produtos de viagem – são bem melhores e dão conta do recado).
7. Na salinha da imigração na conexão em Amsterdam para Berlim: Eu estava muito ansiosa pra fazer essa viagem com meus pais, a primeira sozinha depois da maternidade, e o marido ficou com nosso mais velho no Brasil. Começaríamos por Berlim, e teríamos uma conexão em Amsterdam. Chegando no aeroporto, pegamos os passaportes para apresentar à imigração, e tanto meu pai como minha mãe tinham cópias coloridas plastificadas da primeira folha com os dados, junto com o documento.
Eu não tinha ideia disso e eu estava conversando em o oficial quando ele disse que aquelas cópias poderiam ser considerada falsificação, e ele precisava falar com o supervisor dele. Pegou nossos passaportes, e pediu para esperarmos. Pensa no gelo que fiquei. Meus pais não gostam de andar com o passaporte na rua e inventaram essa cópia pra mostrar em lojas, caso pedissem documento pra pagar no cartão de crédito, e meu pai ainda ficou brigando comigo dizendo que não era nada demais!
Foram 10 minutos tensos e literalmente pedi pro meu pai ficar quieto e não falar nada enquanto explicava em inglês porque eles tinham isso. O oficial disse que teria que provavelmente teria que destruir as cópias, e eu disse pra ele o fazer sem problemas, e meu pai me xingou muito.
Fim das contas é que eles foram tão bacanas que não apenas devolveram os passaportes, mas as cópias, e disseram que não era o correto, mas entenderam a insegurança deles perderem o passaporte. Porém, jamais passe com uma cópia de seu documento em uma imigração!
8. “Sabendo mais” que o GPS para Inhotim: Pegamos uma ótima pernada de ida e volta de Belo Horizonte com milhas para curtir uma hospedagem gostosa e conhecer toda arte contemporânea de Inhotim em um final de semana. Chegamos no meio da manhã, alugamos um carro, e o plano era ir até um restaurante que ficava no alto de uma serra para almoçar. Na época, alugamos um GPS (ainda não tinha o maps no celular) e saímos pela estrada.
Tínhamos dado uma olhada no mapa antes e eu não tinha certeza, mas o marido disse que estávamos no caminho errado. Ele insistiu em seguir reto pelo menos duas vezes, em um momento que o GPS dizia para ter entrado em um acesso. Então, o GPS recalculou o caminho com 50km a mais, onde o marido disse que agora sim ia dar.
Fomos tudo isso para então o equipamento nos mostrar um retorno, e termos que fazer todo o trecho novamente. Estávamos já dirigindo por mais 2h em trecho que deveria ter sido por 40 minutos, e morrendo de fome.
Fim das contas é que o restaurante provavelmente fecharia na hora que chegássemos lá. Desistimos, voltamos um bom trecho e paramos na lanchonete de um mercado para comer qualquer coisa que fosse.
Pelo menos fomos para nossa pousada a partir da linda Serra da Rola Moça, e não sei se iríamos passar pelo caminho que fizemos pra pegar um fim de tarde super gostoso, porém, é melhor deixar de ser teimoso, e no mínimo, chegar no destino, mesmo que seja errado, e depois tomar uma atitude.
9. Porco e árvore no caminho nas estradas de Prudentópolis/PR: não tão longe de Curitiba está Prudentópolis, uma cidade famosa por ter várias cachoeiras (são mais de 100) inclusive com o Salto São Francisco, o mais alto do sul do Brasil. Lá fomos nós para região, porém, era tudo muito simples e rústico, e tivemos 2 perrengues de viagem bem engraçados.
O primeiro foi na volta de uma das cachoeiras. Passávamos por algumas casinhas rurais de um estrada de chão quando foi por um triz que não atropelamos um baita porco que surgiu do nada em nossa frente. Ele estava perseguindo um cachorro (ou o contrário) e a cena foi bem bizarra. Felizmente, os animais seguiram em sua correria.
O segundo já foi maior. Tinham sido dias chuvosos e seguíamos pela estrada para ver uma das grandes cachoeiras, em um lugar que não passava praticamente ninguém de carro (vimos uma pessoa de bicicleta, morador local). Em determinado ponto da estrada caiu uma árvore, bloqueando o caminho, e não era pequena. Mas eu queria tanto ir que convenci o marido a tentar tirá-la do caminho.
Foi impossível, o tronco era grande e o peso enorme. Porém, vimos que, mais perto da copa da árvore o tronco se ramificava, e se eu subisse na árvore empurrando pra baixo um dos lados com o peso do meu corpo, e empurrasse pra cima com as mãos o outro galho, poderíamos ter uma chance. Lá fui eu me pendurar, e apesar de ter dado uma raspada embaixo, conseguimos, na ida e na volta!
10. Marido que se jogou na neve só de camiseta: Da seleção de perrengues de viagem, esse é totalmente dele, mas não podia deixar de mencionar um clássico da vida real de quem nunca viu neve.
Fizemos uma road trip de Salt Lake City até Los Angeles, passando por Las Vegas. O clima muda bastante entre estas cidades, e saímos de um calor gostoso da Califórnia rumo a Utah onde em pleno início de primavera, nevou. Meu esposo achou o máximo, já que nunca tinha visto os flocos na vida, e durante a viagem de carro, vimos vários trechos nevados pelo caminho.
Ele encontrou uma área segura e disse que queria muito dar uma brincada com a neve, tipo, comer o gelo. Eu disse que esperaria no carro ele fazer sua façanha, já que eu estava com um casaco fino também e não queria sentir frio. Lá foi ele feliz da vida e quando imaginei que ele pegaria um pouquinho de neve na mão ele se jogou nela. Adivinha só? Saiu correndo, molhado e congelando de volta e disse que queimava (de frio) kkk.
Se você for ver neve pela primeira vez não se esqueça: só pode sair rolando e brincando com a roupa apropriada: neve é linda, mas molha e até queima, pode ser bem incômodo depois!
E temos mais histórias, mas estes são apenas alguns relatos de nossos perrengues de viagem, acho que meus favoritos. Que venham os próximos, porque afinal, tem muita memória boa junto de todos eles!
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