Quando estive em Berlim com meus pais, fiz questão de visitar o Campo de Concentração de Sachsenhausen, a opção mais próxima da capital alemã. Foi uma visita muito interessante para refletir e sentir um pouco do legado que a Segunda Guerra Mundial deixou para o mundo.
Porém, mesmo na tranquilidade e paz que estavam naquela linda manhã de sol em que estive lá, a atmosfera era pesada, e cada fato histórico que conhecia ao percorrê-lo, sentia mais da tristeza que tudo aquilo causava. Foi um dia de muita reflexão, e mesmo que não seja o mais agradável, considero de vital importância e recomendo ir ao menos em 1 deles, 1x vida, para saber o que aconteceu e fazer de tudo para que isso nunca mais aconteça.
Mas, fiquei pensando: e se eu estivesse com as crianças, será que teria vindo? Será que este tipo de lugar (e outros pesados, como um museu que fale de tortura, entre outros) é válido ir com elas? Pensei um pouco sobre isso e cheguei à algumas constatações:
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* Crianças muito pequenas não vão sentir e entender o significado do local. Bom por um lado, mas com exceção de bebês, as crianças costumam ser ativas e é uma área muito ampla pra se movimentar e mesmo correr. Cada um sabe o filho que tem, mas eu não conseguiria manter meus filhos parados lá, e acho que faltaria com respeito de um lugar que tanto o tem.
* Crianças um pouco maiores talvez já entendam mais do ocorrido, mas alguns objetos e áreas impressionam mesmo nós, e podem ter um impacto até maior do que o esperado. Aí é preciso saber o quanto eles possuem maturidade para encarar isso.
* Apesar de tudo, ainda reforço que um lugar desse vale muito ser visitado, não podemos deixar isso passar batido, é importante demais na minha opinião.
Conclusão? Eu apenas levaria se houvesse preparo e maturidade suficientes, e isso varia muito da idade. Acho que se vocês viajam com mais pessoas (por exemplo pais, filhos e avós) uma boa alternativa seria revezar, os pais vão antes, avós depois (ou vice versa) e vocês poderiam procurar um local alternativo para ficar com as crianças, ou mesmo revezar entre pai e mãe mesmo.
Mas, se por tempo ou necessidade isso não fosse possível, eu iria porque acho imperdível, mas me prepararia bastante antes. Conversaria com as crianças sobre o que o local representa, mesmo antes da viagem. Contaria sim algumas histórias e acontecimentos da guerra porque também não adianta esconder tudo da vida deles, temos que prepará-los pra tantas coisas nesse mundo né, não seria diferente. E se tivesse bebê na viagem, tentaria ir no horário da soneca. Planejamento, como sempre digo, resolve muita coisa.
Já tiveram uma experiência assim? Ou pensaram nisso? Compartilha comigo aqui o que vocês fariam!
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