Um Roteiro na Califórnia com Crianças é uma viagem dos sonhos? Posso categoricamente afirmar que sim, e aliás, parece que vivemos uma vida inteira em duas semanas!
A Califórnia definitivamente é um estado diferenciado do Estados Unidos e do Mundo, tem muita coisa legal pra fazer, principalmente por ter opções para todas as idades, e gostos!
Fizemos sim um na Roteiro na Califórnia com Crianças, mas como adultos, curtimos totalmente a viagem, e nosso roteiro inclui Los Angeles, os Parques Universal e Disney, a subida até San Francisco e descida pela Highway 1. Com muita dor no coração, não deu pra ir em alguns lugares ao Sul, incluindo San Diego, e outras atrações naturais do estado.
Queria também dizer que sei que há muitas comparações com a Flórida e os parques, o que vale mais conhecer, e na minha opinião, a Califórnia ganha a disputa, ainda que injusta, já que tem muita diferença e não acho lá muito comparáveis… mas como tive que escolher, fico com ela (já disse mesmo que acho Chicago melhor que NY, acho que meu destino é ser do contra mesmo kk).
O fato é a Califórnia tem uma vibe leve, gostosa, lugares lindos, e quanto mais tempo e dinheiro você puder investir, melhor.
Claro que cada família tem sua realidade, mas se puder, aproveite mesmo todo o tempo e valores possíveis. O defeito é que, infelizmente não é uma viagem barata mesmo comparando com outros destinos dos EUA, mas fazendo suas economias e planejamento, vai dar certo!
Dicas para planejar sua viagem
Antes do Roteiro na Califórnia com Crianças mesmo, algumas dicas gerais pra começar – depois ainda virão mais alguns comentários na continuação da logística e detalhes do roteiro.
1. Alugue um carro, simples assim, não vou dar outra alternativa porque essa é a que mais vale. Eu sei que existem muitos jeitos de se viajar, mas as distâncias são longas em especial de Los Angeles. O único lugar que dá pra dispensar o carro é San Francisco, e de resto é o melhor pra fazer muitas paradas, e encarar um pouco do trânsito.
Acho que o ideal seria considerar voar até Los Angeles e fazer uma pernada até San Francisco primeiro, e ir descendo… e devolver o carro em L.A. (considere a taxa de retorno nesse caso), mas nossa realidade não foi essa inclusive porque encontramos familiares que vieram do Canadá e não ficaram em toda a viagem conosco, então subimos e descemos de Los Angeles, sem taxa de retorno.
2. Nem preciso mencionar que Seguro Viagem é Obrigatório, longe de mim ter que pagar alguma coisa de médico nos EUA, que sabemos que é caro. Tenho usado o Site da Compara com várias seguradoras, e acho que vale olhar por lá pra escolher uma opção legal entre as seguradoras do mercado, tem ótimas empresas lá.
3. Divida as hospedagens (RECOMENDO DEMAIS), mesmo em Los Angeles, porque as distâncias são longas. Para fazer parque Universal, Calçada da Fama e até mesmo Santa Mônica, dá pra considerar ficar perto do aeroporto, ou perto da calçada da fama.
Já para a Disney, mude-se para Anaheim ou cidades próximas, vale a pena depois de um dia cansativo nos parques, e é mais barato, economiza MUITO trânsito, e é uma alternativa melhor pra conhecer atrações e praias boas mais ao sul. Vou fazer mais comentários das estadias e onde ficamos no decorrer de cada dia do Roteiro na Califórnia com Crianças.
Los Angeles tem MUITO MUITO trânsito mesmo, evitar horários de pico, sair bem cedo, esperar pra voltar e todas as estratégias pra não ficar parado valem a pena.
4. Os estacionamentos também precisam fazer parte de sua conta. Em alguns lugares tem o famoso parquímetro, alguns não precisa pagar, mas na maioria usamos os public parkings, estacionamentos que são públicos, mas possuem um valor a pagar, por hora ou período. O preço variava, mas podia ser de USD 5,00-8,00 a hora, aumentando em frações, ou período de USD 15,00-25,00 em média, de 4h até o dia todo.
5. Fomos no verão, e gostamos bastante, ainda que o calor em Los Angeles seja de ferver e em algumas praias também, mas ainda recomendo se puder ir em agosto (fomos juntando com o feriado de 7 de setembro) que tem calor, porém menos gente.
Mesmo assim San Francisco sempre é uma cidade geladinha e a mala tem que ser mista, ao menos com uns casaquinhos ou uma térmica super coringa que não ocupa espaço na mala. As melhores são as da Babydoo, sempre levo, e tenho parceria com a loja, 8% de desconto no cupom TURISMOEMFAMILIA8.
Na mala também não faltaram as sempre úteis toalhas de microfibra que salvam muito pra praia, parques e tudo mais que não ocupam espaço e dão conta do recado, usamos desde sentar na praia até pra se cobrir da água das fontes na Disney.
Nosso Roteiro na Califórnia com Crianças
Já adianto a maneira que fizemos não era desde o início o que eu pessoalmente queria se fosse sozinha, mas como estávamos em um grupo maior na primeira parte da viagem (Los Angeles e Disney Anaheim) e nem todo mundo conhecia alguns lugares que eu já tinha ido com o maridão, houve uma flexibilidade para atender os interesses de todos. Isso não impediu de ter sido muito legal!
Considerando isso, também vou compartilhar o que fizemos incluindo alguns erros e acertos, e já adianto que tínhamos um “erro calculado” porque queríamos ficar sempre juntos e neste caso não dividimos hospedagens, o que nos custou um tanto de trânsito alguns dias – mas posso afirmar pra você categoricamente que o trânsito é real, além das distâncias serem de fato longas.
E ainda vou destacar no término aquilo que achei imperdível! Sem mais demora, nosso roteiro com crianças na Califórnia:
Dia 01-02: Nós voamos do Brasil para Los Angeles no dia anterior e chegamos bem cedinho no dia seguinte, lembrando que o fuso horário é atrasado em relação ao fuso de Brasília umas 4h em média (muda conforme horário de verão também).
Apesar de cansados, todo mundo queria bater perna na cidade, e teríamos mesmo que esperar os familiares chegarem em outros voos no fim da tarde – então neste dia não foi uma das melhores logística, mas fomos em lugares que sabíamos que os parentes não iriam.
Pegamos uns donuts e comemos em uma padaria moderninha e demos um passada no mercado pra pegar uns snacks e água antes de começar o rolê.
Optamos por fazer algo que agradasse as crianças, e La Brea Tar Pits and Museum. Esse museu mostra algumas espécies pré-históricas em várias réplicas, como mamutes, e grandes felinos. É fresquinho e apesar de não ter dinossauros, tem aquela pegada paleontológica que a maioria das crianças gostam.
Este passeio é curtinho e ficamos menos 1h lá dentro. O lugar é legal e não digo que não valeu a pena, mas o custo benefício não é dos melhores. Adultos pagam USD 15,00 e crianças USD 7,00 e pelo tamanho e proposta, não achei lá muito barato. Mas é claro que as crianças gostaram, e tivemos que segurá-los pra não gastar na lojinha logo na chegada!
O La Brea fica junto de um parque (nada demais nele), mas bem próximo dele mais alguns atrativos que, se quiser, dá pra ficar o dia inteiro nesta quadra, o que inclui o Petersen Automotive Museum (nem sabia que existia, mas é uma enorme coleção de carros de corrida, antigos e famosos), e o Museu de Arte de Los Angeles, mais um gigante.
Não fomos no Museu, mas passamos na Urban Lights, essa famosa obra de arte ao lado da entrada do museu com diversos postes de luz, é só chegar.
A obra é legal, as fotos ficam bacanas, e as crianças curtiram brincar entre os postes, algo como um mini labirinto. Vale a paradinha e ali também tem uma lanchonete e lojinha, mas não ficamos.
Pegamos o carro pra tocar para o almoço que foi de fast food mesmo com um sanduíche no In and Out, rede bem famosa e consideravelmente barata, mas está basicamente no Oeste americano, não tem em todo lugar. Eu acho ok, tem quem goste bastante, mas comemos e partimos para o Griffith Observatory, dentro do Griffit Park, uma área enorme e já recomendo logo de cara.
O Griffit Park na verdade é uma área enorme, e nós mesmo fizemos só o pedacinho mais famoso dela. Tem muita área verde, trilhas, parquinhos, até Zoológico, mas nós fomos para conhecer o Observatório e curtir a vista da cidade.
É gratuito, porém mais perto do alto do observatório tem parquímetro. Importante quando fomos é que o pessoal vai muito ver o pôr do sol lá de cima, mas por volta de 16h30 eles já não deixam mais subir carros – e fomos no final de semana! Era por volta de 15h30 então estava ok, mas na volta já tinham desvios acontecendo.
Lá no alto a vista é de fato bacana tanto do skyline quanto das montanhas, e você tem vista pro famoso letreiro de Hollywood! Tem outros pontos também, mas já dá pra garantir o check!
O observatório vale MUITO a pena visitar, e tem entrada gratuita também e várias demonstrações relacionadas ao universo no local. Existe algumas exceções pagas em experiências específicas, mas não faz nenhuma falta se você aproveitar tudo o que é gratuitamente oferecido, o que em se tratando de Los Angeles, é uma raridade.
As exposições incluem atividades interativas sobre luas, estrelas, planetas e muito mais da galáxia. É possível observar em um telescópio enorme e pra mim, em um roteiro com crianças na Califórnia que tem Los Angeles como um dos destinos, o Griffith é parada obrigatória. E é claro que tem lojinha e lanchonete, e se tem alguém fã muito do espaço, aí vale uma lembrança.
Fechamos o dia encontrando nossos familiares e fomos para um Airbnb em Anaheim. Sem trânsito como era o caso, o trajeto do aeroporto até lá fica em torno de 50 minutos.
Dia 3: Decidimos não começar com os grandes parques, mas aproveitar para conhecer duas praias famosas: Venice e Santa Monica Beach. Uma do lado da outra, e não muito perto do centro – também ao menos uns 40 minutos… o que dá pra fazer tudo do mesmo lado, faça. Vale ver o mapa, e tem a opção de fazer um tour assim de praias via passeio guiado.
Fazer os dois no mesmo dia é bem viável, e começamos conhecendo os Venice Channels, um pedacinho não tão grande destes lados que é uma “Veneza Californiana”. São apenas poucas quadras, mas com pontes e residências de verão, com pequenos barquinhos. É bonito, não tão cheiroso (mas bem de leve), e demos uma voltinha de uns 20 minutos ali.
Passamos bem rápido pela Praia de Venice Beach pra ver a vibe moderninha, algumas lojas, mas foi bem rápido mesmo. Dá pra andar de bike e até ir de uma praia pra outra alugando algo, com certeza eu iria, mas com as crianças e toda a família, pra pegar os carros e tals, preferimos depois passar em algumas lojas, almoçar denovo algo prático, e partir pra Santa Monica.
O dia estava bem quente e eu já levei as minhas toalhas, protetor solar de bastão e apetrechos na mochila com a intenção de curtir um pouco da praia. Deixamos o carro na frente dela no public parking e descemos pra areia.
O mar do pacífico, mesmo em um dia quente de verão, era geladinho, mas isso não impediu a criançada de aproveitar, e eu mesma fui um pouquinho. A vibe é diferente da brasileira, tem até ambulantes, mas eu adorei. Ficamos perto do pier, se for mais distante, é mais tranquilo, e tem uns chuveirinhos pra lavar os pés antes de sair da praia.
Pra subir pro pier, não pode ir molhado, ao menos colocar uma roupinha de verão, e aí aproveitar. Eu preferi ir antes no mar e depois no pier por conta do sol, que aí vai ficando mais fresquinho e a água do mar mais gelada, mas dá pra ser o inverso, inclusive pra aproveitar mais o pôr do sol de Santa Monica que é belíssimo.
No pier está logo na entrada a placa do final da famosa rota 66, que quem ama andar de moto como o marido sabe bem. É um plano futuro pra nós, mas já que estávamos lá, garantimos a foto.
O pier é o lar de fliperamas, um restaurante da Rede Bubba Gump (provamos em outro momento da viagem) e de um parque de diversões, que você pode comprar passe pro dia ou atrações avulsas. O Pacific Park é a capa deste post de roteiro com crianças na Califórnia e já apareceu em vários filmes também!
Leia também: O que fazer em Atlanta com crianças – Dicas de muitas opções!
Tem brinquedos tanto para os menorzinhos como mais radicais, ainda que nada tão intenso. Fomos na montanha russa que podia dar 2 voltas e foi ótimo, inclusive não dá pra negar que é uma das montanhas russas com as melhores vistas que já fui!
No fim do dia é bem comum aparecerem artistas de rua como mágicos e dançarinos se apresentando por ali. Eu adorei e acho que pelo menos Santa Monica tem que ir sim! Fechamos passando em mais duas lojas/mercados (quando falo isso é aquelas que os brasileiros adoram como Ross, Costco, Walmart) porque o dia seguinte era um dos mais esperados!
Dias 4 e 5: Finalmente chegou a hora de ir para Universal Studios Hollywood e aproveitar a Super Nintendo World. que foi inaugurada em 2023 e era um dos principais motivos da viagem, já que tanto o filho mais velho quanto o sobrinho são apaixonados pelo clássico jogo do Super Mario!
Já adianto que fomos 2 dias porque nosso ingresso dava direito 2 dias pelo preço de 1. Pra mim, uma boa jogada do marketing, porque dá pra fazer sim tudo em 1 dia, desde que com algum planejamento e dicas, mas não foi mal porque aproveitamos muito bem e sem pressa inclusive pra lojas e pra conhecer o City Walk, a área antes do parque de entretenimento e algumas loja que é bem bonita e bacana.
Os ingressos foram comprados com a Priscila, da Pixie Travel, agência especialista em Orlando e alguns destinos internacionais. Se for comprar com ela disse que viu no Turismo em Família porque tem desconto em alguns serviços que a Pixie Travel oferece, caso do guiamento remoto da Disney que explicarei na continuação do post!
A melhor de todas: segure a ansiedade e comece com as atrações que estão logo na entrada do parque, que é “em níveis” sendo em cima a parte mais alta, e depois você desce com escadas rolantes para a parte baixa, onde justamente está a Nintendo World. Vai por mim, você vai economizar muita fila nesse esquema.
Apesar da dica, existe um passe adicional para entrar 1h antes na Nintendo World em relação as demais áreas do parque, assim como Universal Express (o fura filas deles), o que custam alguns dólares a mais.
Compramos apenas a entrada antecipada na Nintendo (USD 19,00 em ago/23), e até valeu, mas na boa, depois de conhecer o esquema, você consegue aproveitar bem sem precisar disso, e economizará inclusive passos e cansaço.
Mas, começamos por ela no primeiro dia por conta desse ingresso, que realmente é um show a parte. Você entra por um cano verde e descobre um mundo totalmente real daquilo que vemos no jogo (muito nostálgico para mim também que sempre gostei na minha infância).
Tem sacadas incríveis de você se sentir parte do jogo, e a principal atração que é o Bowser’s Fury também é show. Diferente de qualquer outra atração temática que já fui, todos nós amamos, mas ainda vai valer um post apenas dela.
A Universal Hollywood é menor do que a de Orlando, inclusive por ser 1 parque só ao invés de dois (não estou contando ainda o Epic Universe que está em construção para inaugurar em 2025), e faz um mix de atrações no que tem em ambos, e por enquanto, ainda tem a única Nintendo World dos Estados Unidos.
Além dela, há várias temáticas que valem a diversão, como Jurassic Park, Simpsons, e claro: Harry Potter. Na Califórnia somente há o lado do Castelo de Hogwarts e a Vila de Hogsmeade.
A atração do castelo na jornada da floresta proibida, a montanha russa levinha do hipogrifo e a experiência da escolha da varinha no Olivaras são parte da Área Harry Potter da Universal Hollywood também, além das lojinhas de enlouquecer e apresentações ao longo do dia.
Para os pequeninos, há áreas e atrações fofas logo na entrada, como a atração do filme Pets, uma splash area linda (leva uma muda na mochila), um cineminha 4D do kung fu panda e mais uns cantinhos legais.
Minha dica de ouro para este parque é não deixar de ir no Studio Tour. Em Los Angeles é possível visitar vários estúdios, e neste caso você pode visitar os estúdios Universal estando no parque, o que não tem em Orlando.
Recomendo principalmente depois do almoço porque você fica sentando nem um carrinho “estilo trem” por muitos cenários de filmes e séries, e ao mesmo tempo, é uma atração com supresas durante o trajeto. Tem que ter a Universal Hollywood no roteiro com crianças na Califórnia sim!
No segundo dia de parque, saímos um pouco antes e no caminho passamos espiar Beverly Hills e suas famosas casas enormes dos ricos e famosos, o que dá pra fazer tranquilamente de carro, e quem tiver curiosidade, dá até pra fazer um tour guiado com muito mais detalhes na região. São lindas, mas… vai se você curtir.
O símbolo do bairro é o letreiro de Beverly Hills, e na quadra seguinte dele, é onde se inicia Rodeo Drive, uma cheia de pompa com grifes e marcas famosas.
Pra quem quer compras de luxo, com certeza é o lugar. Gucci, Hermés, Cartier, Rimowa e outras grandes marcas de acessórios, roupas e artigos luxuosos estão presentes na Rodeo Drive, ou nas quadras próximas, inclusive um Café da Gucci que faz sucesso nas redes sociais.
Se não fizer compras como nós, talvez você queira comer algo pra curtir a vibe, claro que também são restaurantes mais sofisticados, fica ao seu critério, nós fomos só passear um pouquinho mesmo e jantamos no caminho da volta no Olive Garden, uma das redes que mais gostamos nos EUA com suas massas e pratos de salada ou sopa a vontade. Vale o custo benefício sempre pra nós.
Dia 06: Era pra ser um dia mais leve pós parques, mas no fim, ainda que tenha rendido bem, foi mais longe do que imaginávamos.
Eu até queria ter visitado o Templo de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias antes (foto que está no início do post), porque era do ladinho de Beverly Hills, mas deixamos para o dia seguinte pelo cansaço, e este é um lugar que é sempre importante e buscamos conhecer cada templo que podemos em nossas viagens.
O templo de Los Angeles é particularmente enorme, e seu interior só é acessível para os membros da igreja que possuem uma recomendação, porém, ele tem um lindo centro de visitantes – gratuito e acessível para todos, o estacionamento também é gratuito e enorme, não faltam vagas.
É bem bacana com salinhas interativas inclusive para crianças sobre princípios e crenças, e tem uma linda estátua de Cristo para fotografar, e dá pra ouvir uma gravação mesmo em português.
Depois dessa visita, fomos pra região da Calçada da fama, onde estão o Chinese e o Dolby Theater, onde acontece a cerimônia do Oscar.
Vou ser honesta que já teve mais glamour, e hoje é um lugar bem turistão, mas tem seu valor principalmente pra quem nunca foi. Existem inclusive tours específicos guiados no teatro do Oscar que parecem ser bem bacanas e dentro com certeza vale, mas já a área externa está um pouco mais caidinha (desculpa se você não acha isso kkk).
Se for lá, os estacionamentos ao redor são de preços variados, mas essa dica é muito boa: estacione no Ovation, é bem do ladinho, e tem um preço bem legal.
Primeiro passeamos pela calçada, e de fato a gente se diverte procurando nossos artistas favoritos, inclusive as crianças, que gostaram de encontrar Steven Spielberg por dirigir Jurassic Park, e Godzilla, que nosso pequeno ama.
Em seguida, a pedido da família, visitamos o Museu de Cera Madame Tussaud, e principalmente se você já conhece um, não precisa ir em outro, mas como alguns de nós nunca tinham ido, eles pediram pra incluir na programação.
Este é particularmente voltado para estátuas de artistas da música e do cinema, então você encontra Beyoncé, Tom Hanks, Leonardo Di Caprio e vários personagens.
Não posso negar que as crianças se divertiram e pediram várias fotos. Então valeu, ainda que não seja o gosto pessoal meu e do marido. E claro, compre antecipado online, vale bem mais a pena do que comprar na hora.
Ali na rua tem lanchonetes e fast foods pra comer, mas queríamos algo local diferente e não teríamos outros dia pra isso, então a logística não foi das melhores, mas fomos no Farmer’s Market, e adoramos.
Este é um espaço antigo de muitas décadas já, e que atualmente é tipo um mercado municipal, e tem lojinhas e restaurantes tipo barraquinhas com vários sabores do mundo, até buffet brasileiro – o que foi uma alegria para nossos familiares que moram no Canadá.
O bacana é que tem vários itens em porções, então você pode escolher até mais de um restaurante pra provar, e o estilo do programa é bem local. Tem porção asiática diferente, tem hambúrguer, tem doces e um pouquinho de tudo, com certeza atende todos os gostos.
E bem ao lado, está o The Grove, um shopping bonitão a céu aberto, e ainda tem um parque na continuação. É bem gostoso ali e tem até um bondinho que pode passear, mas com o tempo curto, não ficamos, e seguimos!
Como nossos familiares não tinham visto o letreiro como nós, partimos para um dos pontos recomendados para visualizá-lo.
Sem querer no caminho, achamos um mirante gratuito, não é muito grande, mas decidimos parar também. Tem poucas vagas pra carro (mas conseguimos) e também não paga pra estacionar. A referência é o Jerome C. Daniel Overlook above the Hollywood Bowl.
Ali também já dá pra ver o mirante, e gostei inclusive porque tinham algumas placas falando da cidade e do letreiro, inclusive que originalmente era HOLLYWOODLAND, mas um deslizamento de terra acabou levando as últimas 4 letras embora, e permanceu como está até hoje.
Ainda assim, seguimos para a indicação com a melhor vista acessível do letreiro, já que subir tão próximo dele é área particular, e não é permitido, e o você coloca então Lake Hollywood Park que vai chegar em um ótimo lugar pra isso.
Em frente ao parque tem vagas para estacionar na rua sem custo, e é bem agradável. Não é um parque grande, mas tem um gramadão gostoso, e um ótimo parquinho para a criançada – o que foi uma mão na roda, já que precisavam nesta altura alguma coisa pra dar uma relaxada.
Gostei mais do que pensei, porque foi tranquilo pra curtir, garantir a foto que o pessoal queria, e sorte do dia estar bem agradável.
O que eu faria se fosse hoje? Jogaria umas toalhas na grama, passaria um repelente pra garantir, e compraria umas bebidas, comidinhas e doces no farmer’s market e ficaria ali curtindo de boa a vista, com as crianças brincando. Ficamos um pouco, mas ficou gostinho de quero mais… mas tínhamos um último grande compromisso do dia.
Meu sobrinho AMA beisebol e queria muito assistir um jogo do Dodgers, time famoso de L.A. e mesmo sem nenhum de nós sabermos nada do esporte, lá fomos nós pro estádio – até li umas regras do jogo e pedi dicas pro sobrinho antes de ir.
Meu cunhado é bem fã do filme Velozes e Furiosos, e sabia que a casa que aparece no primeiro filme (e tem gente morando lá normalmente) era um lugar que queria passar. Vimos que era bem próximo do estádio e estacionamos na mesma rua da Toretto House, e andamos uns 20 minutinhos até o enorme estádio.
Bastante gente faz um esquema desses porque por ali, principalmente na volta, conseguir Uber pra saída é uma loucura e caro, o estacionamento também demora pra sair e fica uns USD 35, e acho que é boa pedida fazer assim (não achei inseguro já que bastante gente circula pela região).
Não dá pra negar que é um verdadeiro business. Ganhamos bonequinhos na entrada – todos nós – e lá dentro tem lojas com muitos artigos do time, vários lanchinhos e combos clássicos de batatas, cachorro quente e pipoca que fica de lembrança (nosso baldinho era de plástico e a batata bem em um boné de souvenir), e tem inclusive parquinho lá dentro, que foi usado para uma criança já cansada no final, até porque uma partida demora de 2h30 a 3h00 em média.
Importante: só dá pra entrar com bolsa bem pequena, do tamanho de uma carteira, não pode mochila ou nada grande. Foi um trampo porque tivemos que gastar com guarda volumes, que também estava longe, e até pode levar algo um pouco maior, mas se estiver em sacola transparente. Vale ver as regrinhas antes de ir.
Sobre o jogo, eu gostei muito mais do que imaginava! Ainda que a gente não super entenda as regras, fui me interando e entendendo, e também tem muita brincadeira e movimentação durante os intervalos de cada inner – como se fosse cada rodada – e seu eu não estiver errada, são 9, mas não pode ficar empatado.
Tem muita interação com os telões, com brincadeiras, filmagens e até pra dar aquelas voltinhas no estádio, no parquinho ou lanchonete, enfim… as crianças até aguentaram bem e se cansaram um pouco no final, mas eu confesso que mal vi o tempo passar e achei super divertido.
O sobrinho fã não queria ir embora de jeito nenhum antes de terminar, o que havíamos combinado pelo horário por conta do próximo dia, mas assim fechamos um dia que no fim, foi super movimentado!
Dia 07: Disney California Adventure! Chegou a hora de curtir os parques da Disney, e a já adianto que este parque é MUITO legal.
Obviamente foi o dia todo até a noite de diversão, e como eu sempre digo, aproveitar bem a Disney é fazer planejamento, roteiro de parque, conhecer as atrações que são mais sua cara e de seu maior interesse, e não perder nenhum minuto, principalmente com vai e vem desnecessário que perde tempo e cansa mais.
E assim como em Orlando, são muitos detalhes pra fazer isso dar certo, principalmente porque hoje você precisa usar o aplicativo Disneyland para fazer sua visita mais fácil. 3 dicas que pra mim são obrigatórias:
1. LEVE obrigatoriamente carregador portátil e cabo no parque, porque você vai precisar entre fotos, mensagens e consultas no app, e não tem onde carregar, salvo se você comprar um carregador lá (possível, mas era quase USD 30,00 que pode fazer recarga, mas a primeira com o aparelho é tudo isso mesmo).
2. Faça uma bolsa/mochila prática de acordo com o clima, considerando capa de chuva, protetor solar, e vá com roupa confortável, principalmente no calçado como tênis que não seja novo, mas aquele que aguenta bem um dia todo de caminhada. Pode levar comida sim também e água.
3. Para tudo dar bem certo tem duas alternativas: ou você estuda tudo o que puder com vídeos, textos e o que mais estiver ao seu alcance para planejar sua visita, fazendo um roteiro de parque com atrações, horários de shows, etc. ou contrate um profissional para fazer um guiamento remoto, inclusive para comprar e agendar o Disney Genie+ que recomendo ALTAMENTE, que é o serviço de agendamentos no App Disneyland para furar as filas.
O Disney Genie+ aliás recomendo comprar independente de contratar guiamento remoto, porque ajuda MUITO (e compre com antecedência, na hora pode não estar mais disponível).
Dá sim pra adquirir o serviço e usar por conta, mas ele é CHEIO de detalhes no uso, como poder agendar atrações somente entre janelas de horários, não disponibilizar tudo de uma vez, fazer reserva para o show do fim do dia e verificar a área, e por aí vai…
Então ou se prepare bem com tempo e facilidade de usar tecnologia, ou você pode contratar um guiamento remoto, serviço que testei e gostei para quem tem dificuldade ou não vai conseguir fazer esse tipo de plano até lá, se sentir dificuldade para fazer isso por conta.
Neste serviço que você contrata com uma especialista no parque que fará os agendamentos e planos, guiando você durante o dia todo e você não se preocupa, mas segue as orientações ao longo da visita.
Fiz com a Pixie Travel, aprovei e aí já chamei pra parceria, e tem desconto de 5% para este serviço pra quem dizer que viu aqui no Turismo em Família – whatsapp 41 99965-0110
Mas novamente a opção é sua, e você pode comprar os ingressos e fazer seu planejamento por conta, da forma que se sentir mais confortável.
Com tudo isso dito, bora comentar sobre o Disney Adventure!
O parque é muito gostoso, grande, mas não enorme se comparado a outros parques Disney, e dá pra fazer ele muito bem durante um dia todo. Recomendo MUITO dividir um dia de descanso e um dia de parque pra usar 100% do tempo.
O parque tem atrações Marvel, sendo a do Spider man e o Elevador do Guardiões da Galáxia as mais concorridas, e este um último um detalhe, É muito divertido e com uma temática diferente até as 16h, de dia, e depois, de noite.
Definitivamente Radiator Springs rouba a cena com todo o cenário do filme Carros, e essa temática está somente na Califórnia, que é cenário do filme, com atrações exclusivas que incluem uma autêntica corrida na cidade – essa tem uma fila exclusiva fora do genie plus que é a parte do resto do pacote (lightening lane).
Outra área super bacana é o Pixar Pier, colorido, divertido e com a Montanha Russa dos Incríveis e a icônica roda gigante. Ali também é possível encontrar muitos personagens Pixar, nos vimos Woody e Buzz de Toy Story, Alegria e Tristeza e Divertidamente, e Russel e Seu Fredericsen de Up, que temos uma relação especial com estes! Foi muito legal.
Há muitas outras atrações clássicas gostosas, e ainda destaco o Soarin que “voa” pelo mundo, e o show de encerramento World of Color é um ballet de águas que mistura música e projeções de muitos clássicos e filmes Marvel. O show é lindo e na splash area molha mesmo, mas digo que foi um dos meus favoritos até hoje.
Nós conseguimos fazer praticamente todo o parque e até repetir umas duas atrações com auxilio do guiamento remoto e foi um dia incrível!
Dia 08: Disneyland! Este foi um sonho realizado de estar bem ali, onde tudo começou! O primeiro parque, o início da história, que ainda mantém no apto a esquerda da entrada do parque uma luz acesa acima do corpo de bombeiros, onde Walt observava os visitantes, e que representa seu espírito sempre presente. Meio que não dá pra faltar em nenhum roteiro na Califórnia com crianças.
Diferente de seu vizinho – porque sim é um parque em frente ao outro, e no meio o acesso aos hotéis Disney – a Disneyland é um parque maior e um dia NÃO é suficiente para visitar todas as atrações.
Vai ser interessante selecionar suas favoritas sim, assim como dar tempo para assistir paradas e show de fogos – e digo isso mesmo usando o fura filas.
Assim como no Magic Kingdom, está parque tem áreas de nomes parecidos, e atrações similares, como Adventureland e Fantasyland. Nele é possível conhecer as princesas Royal Hall, e “cair” da Splash Mountain – ainda em reforma no momento do post, mas logo reabre.
Destaco aqui Mickey’s Toontown, uma área linda e original com as casas dos personagens e com a atração Railroad que é muito criativa e divertida e a área de Star Wars, similar a de Orlando, mas que tem inclusive a atração Rise of Resistance que é DEMAIS, tem que ir – vale assistir uns filmes antes.
Por fim, o castelo é BEM menor que o de Orlando, mas ele é o início, achei fofinho, e tem seu show, que por um vacilo logístico, perdemos o horário dele a noite! Nós também assistimos uma parada e foi mais um dia ótimo, mas ficou um gostinho de quero mais, afinal faltaram algumas atrações.
E com a Disneyland fechamos a parte 1 deste roteiro com crianças na Califórnia, que é basicamente Los Angeles e Anaheim. Queríamos mais dias para descer para San Diego e visitar a Legoland, mas tínhamos muitos planos para cima, então ficou para a próxima, e partimos para os últimos dias com muita estrada, e lugares muito incríveis também!
Dia 09: Começamos finalmente a subida até San Francisco pela Highway 1 até Santa Barbara, e seguimos até o Sensorio em Paso Robles.
Por uma questão de disponibilidade deste último atrativo e da nossa logística, a Highway é aquela estrada cênica com penhascos perto do mar que é melhor vir descendo de San Francisco, e chega mais rápido até lá se for por dentro.
Iniciamos por ela porque realmente o início do caminho até Santa Barbara valia a pena (o que foi ótimo porque o dia estava lindo) e subimos por cerca de 2h30 até Santa Barbara, onde fizemos uma breve parada para conhecer rapidamente, almoçar, e ainda seguir por mais ums 2h30 até nosso pernoite, que seria em Paso Robles – incomum, mas por causa do Sensorio.
Chegamos perto da hora do almoço e fomos conhecer a corte superior, onde tem uma torre e um prédio histórico, visita gratuita e que vale super a pena. Tinha inclusive um casamento no jardim acontecendo – e por ser final de semana, vimos mais 2 na cidade.
Santa Barbara tem influência espanhola, e no prédio há arquitetura e arte do país em muitos detalhes. Subindo até a torre, que possui um antigo relógio e dá pra ver todo seu mecanismo, dá pra ver uma baita vista 360 graus tanto das montanhas do mar. A Sala da Corte tem uma pintura belíssima.
Seguimos então para almoçar no pier Stearns Wharf, que possui algumas poucas lojas e restaurantes, e dá até pra alugar varas de pesca e arriscar. Fomos de fish and chips ao ar livre e foi bem agradável. Ali dá pra estacionar por até 2h sem custo, mas tem que ficar esperto pra não passar do tempo, tem fila pra sair.
Nosso problema em Santa Barbara foi o tempo, porque nós AMAMOS. A vibe da cidade, os contrastes do pouco das praias que vimos, foi assim demais! Queríamos muito mais tempo e faltaram lugares pra conhecer.
Nós ainda saímos dali e fomos para o centro. Me surpreendi porque achei que era uma cidade menor, mas tinham várias lojas e marcas bacanas.
Dali peguei uma dica das boas: disseram que era o melhor sorvete da Califórnia, e de fato tinha fila quando chegamos, então, as expectativas eram grandes, e de fato não decepcionaram.
O Mc Connells é uma tradicional sorveteria que fica bem ali no centro, tem sabores clássicos, diferentes e sazonais, e amamos tudo!
Faltou tempo pra passear mais no centro, para curtir mais a praia, fazer um tour de bicicleta ou até de caiaque, e faria um ou até mais de um pernoite fácil fácil, mas… era hora de partir.
Pegamos a estrada no meio da tarde, entre montanhas e surpresas, como a minúscula Los Alamos para um pit stop de banheiro e água, no maior estilo faroeste que foi um barato (e pasmem, tem menos de 2.000 habitantes, mas tem um restaurante estrela Michelin) e seguimos para chegar já a noite em nosso passeio final do dia: O Sensorio, na cidade de Paso Robles.
O Sensorio é absolutamente diferente de TUDO o que eu já tinha visto, e eu estava extremamente curiosa pra ver esse lugar fora da rota turística comum.
Ele não abre todos os dias e tem que ir no fim de tarde pra noite por conta das luzes, e isso me fez bater a cabeça para encaixar no roteiro e quantidade de dias que tínhamos, mas deu certo e fiquei muito feliz.
Ele começou como uma exposição temporária, mas fez tanto sucesso que ali ficou. Como uma arte das mais atuais, é um campo com milhares de luzes que formam um jardim colorido na escuridão. É escuro pra valer e tem que cuidar com as crianças porque senão somem de vez. Não pode entrar no meio dos campos, mas isso não deixa a experiência menos interessante.
Não conseguimos chegar mais cedo, mas no fim de tarde as luzes são brancas e acompanham o pôr do sol, e isso perdemos. Depois elas ficam coloridas quando a noite chega de fato.
Além deste jardim, ainda vimos outras artes iluminadas, como totens com garrafas de vidro e fios de luzes que me lembraram muito Avatar!
Ali tem ainda um pequeno restaurante e food trucks. Como estávamos em uma cidade pequena, e as coisas fecham cedo, acabamos comendo ali mesmo um mexicano ok, mas estávamos prontos para o check-in que… deu ruim. Reservei um hotel que a recepção ficava até às 22h. Chegamos 21h50 mas não estava mais ninguém lá!
Confesso que me bate um leve desespero por ser véspera de feriado, mas conseguimos outro do ladinho, o The Oaks, e no fim, foi uma das melhores estadias da viagem. Um baita quarta pra nós, café da manhã farto bem clássico americano e felizmente a cobrança do hotel anterior não passou!
Dia 10: Foi um dia de Compras naquelas clássicas lojas, o que nos tomou metade do dia em umas 4 lojas. Eu sempre dou essa dica: se for viajar uma distância mais longa de carro nos EUA e queira fazer compras nas grandes lojas como Target, Ross, TJ Maxx, etc. escolha uma cidade de porte médio não turística que você vai encontrar tudo mais arrumado, mais disponível e com opções melhores.
Mais uma vez deu certo e foi ótimo, mas acaba levando tempo né… então foi boa parte do dia nisso, almoçamos já mais tarde, e pegamos a estrada para continuar finalmente até San Francisco.
Tem alguns caminhos de entrada, mas vimos novamente mais um dos lindos Templos de A Igreja de Jesus Cristo na vizinha Oakland, inclusive com um lindo centro de visitantes. Chegamos tarde e perdemos uma vista que tem ali por já ser noite, mas valeu a pena, e ali cruzamos não a Golden Gate, mas a ponte vizinha para entrar em San Francisco.
Achávamos que ali tudo iria até mais tarde, mas não, as coisas também fecham cedo nesta grande cidade.
Decidimos ficar na área turística do Fishermann’s Wharf, mas chegamos perto das 22h e tudo já estava fechando ou fechado, e deu medo inclusive de dar a volta na quadra, pois tinha alguns moradores de rua e um clima estranho mesmo em um dos lugares mais famosas da cidade. A alternativa foi o marido pegar um delivery e trazer pro hotel pra curtir a cidade de dia.
Ficamos em um hotel famosinho, o Zephyr Hotel, que de fato é bem localizado e o maior investimento da cidade. Tem um clima bem moderninho, uma baita sala de jogos, e dão um vale s’mores para comer, porém… não achei tão espetacular assim considerando custo benefício. Não é barato e ainda tínhamos um ponto: pagar o estacionamento que foi mais de USD 50,00 por dia.
San Francisco é uma cidade que dá super pra fazer a pé, mas seria tanto empenho devolver o carro por um dia e meio que colocamos no orçamento e no fim não foi ruim pra ir em lugares que queríamos um pouco fora da rota turística, então só fomos!
Dia 11: Finalmente tínhamos chegado a San Francisco, e tínhamos somente 1 dia para aproveitar o máximo da cidade.
Infelizmente tivemos que logo de cara fazer algumas escolhas, como deixar de fora Alcatraz ou uma travessia na Golden Gate até Sausalito, e um passeio em uma das tradicionais linhas de bonde que funcionam firmes e fortes na cidade há décadas, e muito mais surpresas que essa grande cidade reserva, inclusive o Exploratorium, um Museu de Ciência e Tecnologia que é super pedida com os pequenos.
Ainda assim, acho que tivemos um dia bem aproveitado dentro dos nossos interesses, e de carro fomos até alguns lugares não programados com paradas rápidas, mas se você tiver mais tempo que nós (espero que sim), tem opções legais, inclusive ônibus de turismo com paradas nos principais pontos.
Não tinha café da manhã incluso na diária, mas tínhamos a Boudin Bakery bem em nossa frente. Esta é uma das mais famosas padarias do país, e tem muita opção bom de fermentação natural, sanduíches e opções diversas, inclusive pães em formatos de animais, como crocodilos, ursos e caranguejos. O padeiro fazia questão de ir ali, fomos e aprovamos.
Então saímos passear, e logo de cara começamos pelo que mais interessa, a Golden Gate. Digo que tivemos sorte, porque vi que tinha uma certa visibilidade, e já disse pra corrermos ver o que fosse possível da famosa ponte, porque a neblina na maior parte do tempo deixa a ponte visível (o que é carinhosamente apelidado de Carl, The Fog).
E deu certo! Na medida que fomos chegando perto, abriu mais um pouco, e acho que ficou bem legal, porque tivemos a típica neblina, mas a visibilidade da ponte. Então se você ver que tem visibilidade, só vai… a tarde por exemplo já não tinha mais neste mesmo dia!
Pra chegar em um ponto bom de parada de carro, é uma região de parque e inclusive com muitos outros espaços públicos e museus, então acertamos em ir pelo estacionamento, que fica junto ao centro de visitantes.
O mais bacana é que ali não é só a ponte, mas fala da história, da engenharia e de muitas outras curiosidades desta linda e enorme construção.
Minha dica nela é: Caminhe para encontrar seus pontos favoritos para fotos e pra ver a baía, porque tem muitas opções legais!
Acredite, é muito maior do que se imagina, e foi um dos pontos altos de todo este Roteiro na Califórnia com Crianças, inclusive com protótipos e interações que as crianças super curtiram, e claro que também tem uma ótima lojinha.
Na continuação, o marido gostaria de ir até uma padaria de uma bairro menos turístico, e vi que não era muito distante pra conhecer as Painted Ladies, 7 casas levemente coloridas que são um símbolo da cidade.
Fica em frente a Alamo Square e ali fizemos uma pausa e os meninos brincaram em um ótimo parquinho da praça.
Seguimos até a Tartine Bakery, mais fácil por estarmos de carro, em um bairro de arte urbano e menos turístico. Com um ar industrial e moderno, fizemos um ótimo brunch, já que o marido padeiro queria aproveitar e foi boa pedida, e dali resolvemos ir ao centro.
Fomos no coração da cidade na Union Square, onde demos aquela voltinha na praça, e bem na frente tem um prédio da Macy’s, com uma Cheese Cake Factory no último andar. Só não almoçamos lá por conta da Tartine Bakery, mas chegou a ser um plano.
Neste caso compramos o Cheesecake para a sobremesa e apreciamos a vista do alto da cidade, vale subir nem que seja só pra isso, dica que pegue da Mari do Ideias na Mala, que é expert na Califórnia (peguei várias aliás).
Então decidimos por fim retornar ao Hotel e sair caminhado pela parte principal do Fishermann’s Wharf, que tem vários lugares de paradas, começando por um dos famosos cantinhos, o Pier 39.
Logo que vamos chegando já vemos alguns quiosques que oferecem passeios de barco e ferry pela baía, e também já ouvimos os sons dos bagunceiros leões marinhos… que em boa parte do ano estão por ali. É um cantinho deles e as crianças curtiram de ver os bichanos.
Eles ficam exatamente ao lado do mais famoso Pier da cidade. O Pier 39 é super turístico e movimentado, e tem vários comércios, restaurantes e diversão.
Tem muitas opções de souvenires, carrossel, comidinhas… eu pessoalmente adoro olhar tudo, mas não ficamos tanto tempo, queríamos continuar a caminhar por mais algumas quadras na orla, onde tem mais algumas lojas pra descobrir.
É bem gostoso, e em nosso dia o clima colaborou bastante, sem esquecer que San Francisco é bem mais fresquinho do que todos os destinos. Mesmo no verão as temperaturas estavam por volta dos 18 graus, e levar ao menos umas térmicas (como as que sempre indico da Babydoo – cupom TURISMOEMFAMILIA8) é super necessário, ou um casaco mais grosso em outras épocas. Não tem nada a ver com o clima das outras cidades.
Terminamos o dia indo até a Ghirardelli Square. É mais um lugar com algumas lojas e restaurantes, com destaque a marca que dá nome ao espaço. A Ghirardelli é um marca de chocolates muito boa que é da região e tem ali seu café e loja própria.
Eu adoro o chocolate deles, ainda que não seja uma marca tão barata. Vende em todo o país, mas claro que na loja eles possuem alguns artigos de presente específicos da cidade, e toda a variedade de sabores, inclusive alguns sazonais. Nós provamos já um de abóbora, o outono estava chegando.
Jantamos por ali, mas pagamos caro por algo não tão bom, mas opção boa não falta… pelo menos conseguimos voltar mais cedo e já fechar as malas, porque a estrada já nos aguardava novamente!
Dia 12: Chegoua a hora de começar a descer a famosa Highway 1 e nosso trajeto do primeiro dia ia até Monterey e Carmel.
Este trajeto já vai passando por praias e o ideal é ir fazendo deste lado a descida, porque você pode escolher parar no mirante que quiser.
Neste primeiro trecho não há tantos penhascos, mas há pontos bonitos de praia, e vimos um com um farol… ainda que tivesse um cheiro forte de algas ali, a paisagem bucólica era bacana. E esta viagem de fato fica mais bonita com um dia ensolarado, acaba que dá bastante diferença para ver as cores do mar. Se conseguir programar a estrada com o clima, é melhor.
E passa claro por algumas cidadezinhas como Santa Maria, mas não tem muitos pontos de parada, então se decidir fazer uma pausa pra banheiro, é ali mesmo.
Até Monterey demorou umas 3h e começamos por ela, já que fizemos as duas cidades no mesmo dia (e sim, recomendo 1 pra cada pelo menos, mas novamente, era o que tínhamos), e fomos ao Aquário de Monterey, que de fato, é bem legal.
O legal deste aquário é que ele não é gigantesco, mas tem um estilo local diferente, com a vibe do lugar. Ele não é tão alto, mas tem muitas espécies e áreas.
O aquário tem um mix de atividades, educação ambiental e espécies de oceanos do mundo, mas principalmente espécies locais. E ele está a beira mar, o que dá pra ter um baita visual do mar e até dos animais por ali como aves e peixes. É muito bonito.
Vimos muita coisa legal como a corrida da sardinha, tubarões, polvos diferentões, e muitas espécies. Dá pra passar horas e boa parte do dia, inclusive tem um carimbo que você pode usar pra sair e retornar no mesmo dia sem pagar novamente.
Porém, esse passeio é bem salgado o valor, porque custou USD 63,00 e tem que comprar online, mesmo na hora, não tem bilheteria, é pelo celular. Acho que foi o passeio mais caro fora os dos parques temáticos.
Seguimos para dar uma voltinha pela cidade, que logo ao lado do aquário tem alguns comércios e restaurantes, usando antigas estruturas de armazéns de sardinha na região de Cannery Row nos tempos áureos da pesca, mas depois que houve escassez as empresas foram desativadas e se tornou área turística.
Ali foi onde escolhemos almoçar no restauranre Bubba Gump, que tem várias lojas pelos EUA, mas essa foi justamente a primeira de todas. Ainda não tínhamos provado e gostamos muito.
Seguimos passeando pela orla até o Fishermann’s Wharf de Monterey, que tem um conceito similar ao de San Francisco, porém é mais simples.
Algumas curiosidades é que tem uma fábrica de balas tipo caramelo muito antiga (mas achamos um pouco esquisita kk) e um restaurante que parece ser bom, mas não aceita crianças de jeito nenhum!
É partir dali que saem excursões para observação de baleias, possível em alguns meses na região!
Dali pegamos o carro que estava em public parking pago (esquema de parquímetro mesmo) e fomos para o Hotel Pacific Inn que é uma estadia simples e prática (e que eu não queria perder a hora dessa vez) para então depois seguir para Carmel, dá uns 10-15 minutinhos apenas.
Acabamos andando bastante em Monterey e isso nos comeu um pouco de tempo depois em Carmel, mas faz parte, porém não nego que queria ter passeado mais nas ruas charmosas de Carmel, ou de forma completa, Carmel by the Sea.
É uma cidade mais sofisticada e com muitas lojas bonitas, galerias de arte, e cantinhos diferenciados para entrar e explorar com calma. Tem muita coisa linda dentro e fora de cada estabelecimento, e comparada com Monterey, ainda que ambas estejam uma ao lado da outra, é bem mais caro se hospedar em Carmel, mas é outra proposta também, com muito mais detalhe e sofisticação.
Por isso, demos uma passeada rápida já no final da tarde onde vimos algumas destas lojas, porém, queríamos muito ir até a praia, pois com o dia lindo que estava, sabíamos que o pôr do sol seria bonito, e não demoramos muito para chegar até a praia. E valeu MUITO a pena.
A praia de Carmel tem uma areia bem branquinha e fofa, gostosa. As crianças já acharam alguns meninos e já começaram a brincar e correr.
Achamos um cantinho pra sentar e decidimos ficar lá mesmo, sem mais correr naquele dia e esperar aquele espetáculo que a natureza nos presenteou.
Foi um momento bem especial, ainda que veio um gaiteiro e começou a tocar do nada… mas até que foi bom apesar de não tão romântico. Ficamos ali e faltou só um chinelo e uma roupa mais de praia, mas e daí se estava tão bom.
Subimos depois para jantar uma ótima pizza ali pertinho deste restaurante italiano, e voltamos para descansar e acordar cedo para a última grande pernada antes de retornar pra casa.
Dia 13: Este foi um dia que viajamos bastante, um pouco pela Highway 1, mas por conta de fechamento na estrada, tivemos que adaptar o retorno.
É bem comum ter fechamentos com deslizamentos em pontos da estrada, e não tem ponto de desvio em vários trechos. É necessário consultar para poder planejar e se adaptar se precisar, não tem jeito. Tem trecho que, se você vai, não tem retorno e tem que voltar.
Foi o que aconteceu com a gente, e como eu queria ver o trecho mais bonito com os penhascos até Big Sur, tivemos que ir e voltar, fazer uma parte por dentro, pra poder voltar pra Highway 1 e continuar depois pra Los Angeles.
Foi bom, inclusive pra ver um pouco do trecho de matas e a parte mais rústica ali, porém os meninos estavam cansados e viram pouco, e nós também nessa etapa final e quero muito voltar pra ver com a calma que merece.
O trecho Monterey – Big Sur é lindo, mas como saímos bem cedo, o sol não estava muito alto, e isso impacta na beleza do visual. Não vimos as águas tão clarinhas, mas ainda assim é lindo mesmo.
E ali também estão algumas famosas pontes que são os cartões postais da estrada. É um trecho curto de uns 70km no máximo, mas cheio de surpresas. As pontes são antigas, mas estão firmes e fortes, desde 1940, e carregam a história entre todas as paisagens.
Fomos, voltamos e daí seguimos por dentro por algumas horas na estrada. Paramos em um posto e já sabia que, de algumas cidades possíveis no caminho, sacrificaríamos algumas, o que aconteceu com Cambria e Morro Bay, e mais algumas paisagens, não teve jeito.
Mas… dava pra encontrar alguma opção legal de pouco desvio para almoçar de dar uma voltinha, e depois que descobri que Solvang era uma colônia dinamarquesa no caminho no maior estilo cidade fofa, eu não hesitei e deu certo de pararmos lá.
Solvang é tão linda que mal imaginava eu que existia um lugar neste estilo nos Estados Unidos. Carinha de cidade de interior charmosa na Europa, lindíssima.
Paramos em um restaurante no centro para provar comida dinamarquesa. Comemos um bolinho típico de sobremesa e comida lembra um pouco a alemã, mas tem suas diferenças. Tem lojas de chocolates, brinquedos, lembranças, azeites e muito mais.
Aquelas cidades que dá pra ir só caminhando e conhecendo as lojinhas encantadoras e fofinhas… quem curte lugares tipo Gramado, vai adorar.
Ali também tem uma réplica pequenininha, mas a única autorizada fora do país da pequena sereia, do escultor que criou a original em Copenhagen.
Solvang ainda tem mais alguns lugares que não tive chance, mas espero muito ir… queria ter parado em um museu que fala dos contos de fada, até porque o autor Hans Christien Andersen, de clássicos como o Patinho Feio, é dinamarquês e tem isso valorizado em espaços bacanas para crianças.
Nem contei para os meninos, apesar de que passamos rapidamente em frente ao museu e acha mais cara de meninas que meninos… talvez não sentiriam tanto se soubessem.
Pra fechar, é uma cidade cheia de moinhos, são vários, mas vimos apenas os das quadras centrais… enfim, tudo encantada e foi rápido, mas adorei passar por lá, e a turma curtiu.
Pegamos mais umas horas de estrada e ainda fizemos uma rápida parada em um gigantesco Outlet em Camarillo (tem tudo lá de marcas) que o marido queria passar em mais algumas lojas, jantamos um fast food e já a noite chegamos no Hotel La Quinta by Whyndam Lax que foi nossa última estadia, até bem prática de bom custo benefício e café da manhã tradicional, do ladinho do aeroporto, o que recomendo principalmente para ir embora, já que o trânsito em LAX não fraco.
Dia 14: Então foi só ajeitar o que faltava das malas e ir de Los Angeles para casa.
Esse roteiro com crianças na Califórnia foi incrível, delicioso e corrido. Parece que vivemos 2 meses em 12 dias, e foi mais puxado do que eu gostaria, mas valeu muito.
Cometemos alguns erros como ter faltado mais tempo pra descanso (não foi suficiente o que calculei), não curtir Downtown Disney, não se atentar ao horário do check-in em Paso Robles, ficar em um só hotel na região de Los Angeles (esse um “erro consciente”)… mas também tivemos nossos super acertos, como ficar perto de Anaheim para ir à Disney, fazer compras no meio do caminho para San Francisco, curtir o Pôr do Sol em Carmel, dormir em LA perto do aeroporto, e curtir muito tudo o que fizemos. Fica de dicas pra você.
Outras opções que eu faria em um Roteiro na Califórnia com Crianças
A Califórnia tem TANTO o que fazer, e considerando um pouco mais do estado, algumas opções que eu adoraria ter feito, e ainda quero um roteiro novo pra isso, são:
Visitar Muir Woods e as Sequóias Gigantes, a partir de San Francisco;
Conhecer San Diego e outras praias mais ao Sul, como Hughtinton Beach e mais, maravilhosas;
Ir a outros parques temáticos, como Six Flags, a Legoland California e o Sea World e o Knott’s, o Parque do Snoopy e super familiar, também em Anaheim perto da Disney;
Ir em outro aquário em Long Beach, o Aquário do Pacífico, que é lindo e fui antes dos filhos (opção mais próxima pra quem fica só em LAX e arredores) e ao Zoo de San Diego, que é enorme e muito famoso.
Que aventura! Partiu Califórnia? Espero que nosso roteiro ajude a fazer o seu também!
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