Conhecemos Portillo quando estivemos em nossa pequena Viagem de 3 dias que viraram de 2 à Santiago a dois, e que lugar lindo! O fato é que, a partir da capital chilena, você pode escolher fazer vários passeios bate e volta ao litoral, vinícolas e no inverno as várias estações de esqui e cenários de neve.
Nossa opção inicial era Cajón del Maipo, porém, devido a um acidente ocorrido na época, o local estava fechado e a alternativa então foi conhecermos Portillo, e que valeu a pena, porém, há alguns pontos a se considerar para que realmente seja válido para você.
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Portillo fica a cerca de 2 horas de viagem de Santiago. Pra nós foi um pouquinho menos, porque não pegamos trânsito e achei que passou muito rápido: a paisagem no caminho tão linda que mal vi o tempo passar, o que me fez curtir mais o trajeto.
O local é uma Estação de Esqui já de nível intermediário, ou seja, se seu objetivo é aprender, até tem como sim, mas há outras que talvez seja mais fáceis, como o Valle Nevado. O passeio de um dia oferecido à Portillo pelas agências como alternativa a Cajón Del Maipo é contemplativo e não inclui o tempo necessário para aulas de esqui, mas é claro que você pode sim fazer, se optar por algo, por exemplo, exclusivo e que você tenha mais tempo no destino. Porém, se for em grupo, não há aula inclusa.
Independente da opção de passeio, as estradas que levam para as estações são bastante sinuosas e claro, sempre há a chance de neve no inverno. Nós costumamos fazer muita coisa por conta, mas dessa vez, optei por ir com agência, porque não somos experts em dirigir na neve.
Depois de pesquisar um pouco e ver indicações, conheci a 321 Chile, agência especialista em atender brasileiros com equipe em português, e fiz uma parceria para conhecer Portillo com eles. Não me arrependi, porque o atendimento deles foi fantástico e fez a diferença para nosso passeio ser legal.
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A equipe da 321 Chile, após você confirmar seu passeio com eles via whatsapp mesmo, monta grupos e horários para buscar os turistas nos hotéis ou pontos de encontro (podem ser estações de metrô por exemplo), e você também pode esclarecer possíveis dúvidas previamente.
Dessa forma, vai um motorista e um guia, e eles avisam um dia antes a ordem e o horário do grupo, e fica bem prático de acompanhar na hora: eles avisam a cada passageiro já embarcado e você tem noção do tempo de espera e chegada do transporte – geralmente de Van. Para render, eles buscam as pessoas bem cedinho, ou seja, não se enrole para dormir no dia anterior, provavelmente você terá que estar pronto às 6h30 da manhã. Também, se puder, peça para ir ao lado do motorista. A visão ali é a melhor para ver as paisagens no caminho.
Com o grupo feito, o guia dá algumas orientações, e a primeira delas é em relação ao aluguel de roupas. Há um local no caminho onde se faz uma parada e todos podem alugar roupas adequadas para ir à neve. Fique a atento as roupas que você já vai usar, especialmente para quem não está acostumado com frio (somos curitibanos e temos vantagem, mas mesmo assim pode ser difícil pra você).
Nesse caso, lembre de ter camadas de roupa por baixo, uma última camada impermeável (a neve molha, não se esqueça disso), e é essencial ter botas com travas para não escorregar. As luvas impermeáveis são válidas, mas se você não quiser montar bonecos ou se rolar na neve não há tanta necessidade (eu pessoalmente não gosto de usar luvas e não sofri, porque o frio estava bem suportável, então alugamos só uma que meu esposo quis deu certo).
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Os preços nesta parada das peças estavam cera de 6.000 pesos chilenos para luvas e 8.000 pesos chilenos para botas, calças e casacos. Há roupas para crianças também, e calçados de todos os tamanhos, adultos e infantis. Neste local, que fica cerca de 30 minutos após sairmos da cidade, é possível tomar café da manhã em um pequeno buffet a vontade, mas eu não achei que valesse muito a pena, é melhor levar um lanchinho para a van. Ali, aproveite para ir no banheiro, depois vai tocar direto.
Após o aluguel você segue então para Los Andes, cidade porta de entrada da região, rumo a Portillo, em um caminho de altos e baixos entre montanhas e vales. Me surpreendi com a paisagem, que é linda o tempo todo. Passamos por alguns córregos e riachos com pedrinhas, e o guia conta um pouquinho de história e fatos ali da região que envolveram algumas guerras e estratégias. Há uma fenda linda que vale a pena ver, assim como todo o trajeto.
Já nas proximidades de Portillo, você encara a estrada sinuosa com mais de 30 curvas seguidas uma da outra, onde você começa a ficar mais perto da neve. Enfim, você chega ao local. Eu achei tranquilo porque você não vai tão rápido, mas tenha um remédio para enjoo, caso você tenha dificuldade com isso. Ninguém sofreu em nosso grupo.
Por ser uma estação de esqui, há muitas pessoas que se hospedam nas proximidades para a prática. Há um hotel bem no meio dela, algumas casinhas particulares, e nos arredores há mais alguns hotéis. Dentro do hotel há um restaurante para quem desejar comer no local, porém, a 321 Chile faz uma parada estratégica antes de subir para a estação e encomenda empanadas, uma já inclusa no passeio, e não achamos que valia almoçar em nosso caso. As áreas ao redor do hotel são liberadas para conhecer, brincar e apreciar.
Quando você chega, vê o hotel. Mas é atrás dele que a paisagem mais bonita te aguarda. Um conjunto de montanhas surpreendente, com a Lagoa del Inca no cento, refletindo a neve em suas águas escuras e geladas. Achei a composição da paisagem fantástica e belíssima, e não poupamos fotos. Fiquei tão animada que, como estávamos apenas em casal, queria mostrar o lugar para nossos filhos e liguei dali mesmo para mostrar toda neve. Nós viajamos conectados do Brasil com o chip da Brasil Roaming, que funcionou perfeitamente bem nas montanhas nevadas, e mostramos tudinho aos nossos meninos ao vivo!
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Como estávamos azarados, especificamente nesse dia a área mais próxima do lago também estava fechada (já que muita gente passou a ir lá após o acidente e com certeza há um medo pelas empresas de novos acidentes, áreas foram limitadas em seus acessos), mas o guia Bastian da 321 Chile quis proporcionar uma ótima experiência depois de fazermos nossas fotos, e isso fez toda diferença para que NOSSO passeio fosse legal.
Ele falou para reunirmos todos do grupo para, depois das fotos, fazer um bonecão de neve, e nos ajudaria e ensinaria como fazê-lo. Bem, reunimos o grupo e ele nos mostrou um pouco da técnica, e com a ajuda, e um pouco dos acessórios emprestados de cada um de nós, ficou um Senhor de Respeito, foi muito divertido. Depois ainda brincamos um pouco e teve guerra de neve. O nosso boneco foi até motivo de “cobiça” de outros viajantes, porque ele ficou do tamanho real, e todo mundo se envolveu para fazer, e isso fez da nossa experiência muito divertida.
Tirei ainda umas fotos a mais do outro lado das montanhas de Portillo, que também estava lindo e de neve fofa. Caminhe com cuidado, porque tem umas áreas que você afunda pra valer, e recomendo pisar nas pegadas de quem já pisou antes.
Passamos umas duas horas e meia curtindo o lugar, que adoramos. Ah, leve umas moedas e se prepare para ir uma vez só a banheiro ali, porque não tem jeito e eles cobram 550 pesos para isso.
Na volta, descemos novamente a estrada sinuosa e paramos neste pequeno centrinho onde comemos uma empanada deliciosa. Ali tem um mini mercado e em frente uma banca de “completo” o cachorro quente deles que vai guacamole, e algumas opções locais. Aproveitamos para provar também, e eu gostei!
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Na volta, eles fizeram uma parada justamente no local do mirante da fenda, onde deram uma taça de vinho para todos. Como nós não bebemos, pedi no dia anterior se podia ter algo não alcoólico, e ganhamos suco. Foi essencial para nós ter essa atenção e por isso a 321 Chile foi ótima em muitos detalhes.
Eles deixaram cada pessoa em seus hotéis, porém, é possível parar onde preferir na região central. Como queríamos ir no Costanera Center, o shopping com o prédio mais alto da América Latina, e não pegamos trânsito, foi tranquilo ficar por lá.
Portillo é um passeio lindo de ser feito, dá pra fazer rapidinho e recomendo bastante a experiência no inverno. O atrativo em si é mais contemplativo, mas valeu a pena na minha opinião porque:
> O trajeto até lá é muito bonito, e não apenas o destino;
> O atendimento da agência fez toda diferença, já que se preocuparam em nos proporcionar uma experiência na neve e nas paradas, e não apenas nos deixaram e levaram no local – como vi algumas pessoas lá onde os guias não acompanhavam o grupo ou se envolviam no passeio.
Ficam minhas dicas e espero que isso ajude você a decidir pelo passeio, mas, especialmente para quem não conhece ou pouco viu de neve, vale a pena. Se é seu caso, que tal começar programar agora mesmo?
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