Uma viagem virtual não é só mais uma tendência, mas sim uma alternativa, especialmente devido a pandemia do Covid19. Já comentei disso no primeiro artigo de experiências virtuais (vale a leitura também), mas aqui falo especificamente para as opções familiares, e como aproveitar melhor esta oportunidade!
Porém, eu amplio ainda mais a ideia, afinal, pode ser uma super alternativa para quando não podemos viajar, por vários motivos: seja porque estamos economizando ou mesmo evitando grandes gastos pelas contas estarem mais enxutas, seja porque queremos fazer algo legal em um dia chuvoso sem sair de casa, ou mesmo quando nossos filhos estão em período escolar e não temos um momento para viajar entre os estudos, entre outros motivos.
O bacana da viagem virtual é que podemos aprender e desfrutar de experiências interessantes de se fazer em família por períodos curtos de tempo, como 1h-2h na semana, e ainda assim ter a chance de conversar com alguém que vive em outro país, aprender de outras culturas, e ter essa troca de vivências, que pra mim, é uma das partes mais ricas do turismo: isso ainda pode ser feito super bem. Além de não exigir nenhum tempo de deslocamento: dá pra “visitar os 5 continentes” em uma semana!
Mas funciona com crianças?
Acredito que uma viagem virtual vai funcionar se seguirmos a mesma ideia da viagem normal, ou seja, com uma dose de planejamento. Claro que é um planejamento muito mais simples do que arrumar uma mala e sair pelo mundo a fora, mas esse plano pode considerar os seguintes pontos:
> A experiência para ser vivida em família, para vocês trocarem ideias e terem esse momento juntos. Por isso, a ideia não é como assistir TV e deixar as crianças vendo algo, mas para juntos apreciarem a viagem virtual através de uma visita à um museu, um tour panorâmico, e com a chance de interagirem com o anfitrião. Se você programa e toma providências para sair de casa, se programe e tome providências para estar em casa e com atenção total para este momento também. Vale inclusive desligar o celular, ou só usá-lo para uma foto, registrando o momento;
> As experiências com crianças precisam ser escolhidas pensando justamente em seus interesses, como faríamos no modelo tradicional. Uma opção é escolher opções que falem da vida dos animais, por exemplo, como conhecer um biólogo que trabalhe com aves.
Se escolher um tour muito denso, como algo muito detalhado sobre história da arte francesa, pode ser que não fique tão interessante. E não que não seja interessante fazer uma imersão cultural, mas ela precisa ser feita de forma interativa e divertida: veja se existe algum material preparado pelo host que possa ser impresso e utilizado durante a viagem virtual, como um livro de passatempos, ou você mesmo pode preparar isso, caso tenha essa dúvida. Há experiências que envolvem jogos de adivinhação e são bem divertidas: essas podem ser melhores ideias!
> As experiências online seguem o mesmo modelo de avaliações das físicas, e você pode ter uma boa noção do que esperar lendo comentários de outras pessoas que já passaram por ela. E olha, vi muitos comentários super positivos em várias delas!
> Se for viável, reserve um horário exclusivo para sua família. Algumas experiências são cobradas por pessoa, outras pelo grupo, mas verifique, mesmo que seja um pouquinho mais caro, se é possível ser um momento privativo. Eu fiz nossa segunda experiência online assim, e foi melhor do que a primeira, e me senti mais a vontade entre idas e vindas com as crianças, além de tudo ser feito em nosso tempo!
> Por fim, prepare o ambiente! Conecte o notebook na tela da televisão para juntar todos no sofá na maior tela da casa, compre lanchinhos gostosos ou prepare pelo menos uma pipoca, como se fosse um cinema… e anime a turma com uma boa expectativa: isso traz até mais alegria!
Ponto importante: tudo ainda é muito novo, e ainda mais novo no Brasil. O legal é que já podemos usufruir de experiências do mundo todo, mas sai em vantagem quem fala inglês. Por isso, não esqueça de verificar o idioma de sua viagem virtual, quais são disponíveis, afinal, os sites que disponibilizam as experiências possuem opções do mundo todo, e mencionam inclusive as cidades de origem dos anfitriões, mas isso não significa que o host fala o mesmo idioma que o seu. Vale verificar!
Quais opções de viagem virtual já estão disponíveis e são bacanas para a família?
Como já comentei antes, há algumas opções bacanas – o portal de Viagens do Estadão fez esta matéria de Viagens Virtuais em Experiências que é bem completa também – mas para famílias, eu acredito que as experiências ao vivo onde podemos FALAR com o anfitrião são mais interessantes para envolver as crianças, e por isso vou focar nelas.
Estas opções envolvem um investimento, mas em geral acho todos acessíveis, com uma média de R$ 50,00 – R$ 100,00 cada uma, mas tem sim opções mais elevadas que envolvem maior expertise, assim como gratuitas.
Aqui estão algumas ideias bem bacanas para famílias dos portais Get Your Guide e das Experiências dos hosts do Airbnb, que já estão preparados para o mundo da viagem virtual, e que achei bem bacanas:
> Excursão virtual mágica em Londres através dos cenários de filmes: aqui o host promete até mesmo prêmios através de questionários que envolvem filmes na cidade, incluindo James Bond e Filmes da Marvel. Parece ser muito divertido!
> Workshop de arte de rua de Berlim – gratuito: O artista propôs uma aula de street art a partir de pinturas com grafite, e vale inclusive perguntar antes onde comprar as tintas… mas aí é melhor fazer com a criançada em algum quintal!
> Identifique leopardos com um guia do Sri Lanka: para quem quiser aprender mais sobre os grandes felinos, ele ensina inclusive técnicas de como fazer isso!
> Tour em Português da Pequena África no Rio de Janeiro: Esta viagem virtual nós fizemos de forma privativa, e recomendo para crianças a partir de 6 anos, e foi bacana por ser em português e nossa anfitriã buscar envolver os pequenos de forma clara. É um assunto um pouco delicado pela história, que fala sobre a escravidão e muitas origens de problemas atuais, mas ainda assim, há boas histórias, e acho isso super importante de ser aprendido e compartilhado desde cedo, foi super válido!
> Conheça a vida de um cientista de tubarões da África do Sul ou Conheça a vida de uma conservacionista de tubarões do mesmo país: Qual criança não adoraria conhecer a vida de um cientista? Eu fiquei animada só de ler os títulos e as avaliações são ótimas. Nós fizemos a primeira desta e foi bem bacana. Os profissionais são apaixonados pelo que fazem, e na segunda experiência a anfitriã oferece um e-book gratuito sobre os bichanos. A renda é usada para um fundo de conservação dos animais.
> Conheça os Pinguins da África do Sul: Mais uma experiência do país africano, o host tem até seu próprio uniforme divertido para falar dos simpáticos animais, mas ele faz uma interação divertida e animada, com quiz e uma sessão de arte. O valor arrecado nesta experiência também é usado para arrecadar fundos para a conservação dos pinguins.
> Aula de origami do Japão: Direto de suas origens, a professora é atenciosa e possui aulas diferentes para níveis de dificuldade. Os grupos são de apenas no máximo 3 pessoas, o que garante bastante atenção da anfitriã.
> Confeitaria em Família nos EUA – Cookies do início ao fim: Recomendada para um adulto com uma criança entre 2 e 7 anos, ela ensina do início ao fim o preparo de uma receita com as crianças junto. Nesse caso, há uma lista de ingredientes que deve ser providenciada antes do preparo. Quem nunca acertou a mão para fazer cookies pode garantir as melhores dicas com esta aula;
> Mágica com cartas, da Ucrânia e Segredos de Mágica do Reino Unido: Quem quer aprender segredos e truques com um profissional, vale a pena considerar estas experiências! Há muitas recomendações e inclusive por um mágico que tem até recorde do Guiness. Muita diversão nestas opções!
Existem mais opções de experiências para uma super viagem virtual pelo mundo. No próprio portal de experiências do Airbnb chegam novas ideias toda semana, vale a pena pesquisar! E se você comprar uma delas, conte como foi por aqui!
Apesar de tudo, estamos abertos para este novo turismo. Mudanças tão drásticas nunca são fáceis, mas é possível nos adaptar e aproveitar tudo de um jeito novo, e saber que é muito podermos a continuar a explorar e aprender sobre o mundo, da forma como for!
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