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Uma visita ao Museu do Holocausto de Curitiba/PR

Demorei um pouco, mas finalmente conheci um local onde há tempos eu queria ir: o Museu do Holocausto de Curitiba. Você talvez nem imaginasse que existia um museu deste tipo aqui no Brasil, mas sim, eles está aqui, e já adianto que é uma visita bem interessante.

O museu, que está no bairro Bom Retiro, é quase um segredo, pois não há placas na frente dele, e está junto a sinagoga e prédios ligados a comunidade judaica da cidade. Porém, ele é bem divulgado em redes sociais, blogs e outros locais.

Você não pode tirar fotos dentro dele, com exceção do local onde estou na foto da capa, que é um pequeno pátio externo antes do prédio, que possui mais alguns pequenos painéis. Logo na entrada, você deverá guardar bolsas e mochilas, sendo permitido ficar apenas com celulares, e passar em um detector de metais. Algumas explicações foram dadas, e confesso que, da forma como foi nos passado, o acesso é tão controlado que dá até uma assustadinha, mas não desista aí, ele é muito interessante.

Após passar pelo detector de metais, você recebe um crachá para acessar o museu.
Após passar pelo detector de metais, você recebe um crachá para acessar o museu.

Um ponto importantíssimo: não tem como ir sem agendamento prévio pelo site do museu, que abre alguns dias da semana, aos domingos, não abre aos sábados (no fim do post coloco os dados disto certinho).

Não adianta implorar ou ver que tem pouca gente, eles NÃO liberam entrada sem agendamento, então não queira dar jeitinho que não vai rolar. Mas, a entrada é gratuita, é só ir no site mesmo, e existe sem custo inclusive a opção de tour guiado. Eu fui por conta, mas um tour guiado estava acontecendo, e se você quiser acompanhar e ouvir as explicações do grupo, não é um problema!

Esta visita é permitida apenas para maiores de 12 anos. E foi fácil entender porquê depois de visitá-lo: há algumas fotos que não são para eles, e tem alguns pontos que são mais pesados. Ainda assim, bebês de colo são permitidos, inclusive com carrinhos, além de, claro, pessoas com deficiência: o museu é acessível, há elevadores nos prédios de acesso e o museu em si é em apenas um piso plano.

 

Leia também: Visitar um campo de concentração ou lugar pesado com crianças: você iria?

 

Ele é bem estruturado, mostra uma evolução histórica do Holocausto desde a origem da ideia, que vem muito antes da segunda guerra mundial/ fatos que ocorreram e aconteceram até o ápice com os campos de extermínio; histórias daqueles que foram contra e fizeram muito por muitos que não concordaram e se arriscaram para salvar vidas; e no fim, ainda há uma reflexão sobre outros eventos similares que ocorreram posteriormente e ainda acontecem no mundo, e da importância de não se esquecer e buscar combater preconceitos e atitudes que agem de tal forma.

Uma das coisas que gostei muito – e que me aproximou mais da realidade do Holocausto e que eu não veria (e obviamente não vi na Europa) em nenhum outro lugar – foi conhecer histórias de brasileiros que ajudaram as vítimas de alguma forma.

Painéis da área externa do Museu do Holocausto de Curitiba
Painéis da área externa do Museu do Holocausto de Curitiba

Pessoas que tinham cargos públicos e alguma influência, e auxiliaram pessoas para vir ao Brasil para fugir dos horrores da época.  Também há aqueles que conseguiram se salvar, e permaneceram no Brasil com suas novas gerações, contando sua história de sobrevivência.

E claro, possui não apenas imagens, mas alguns objetos expostos da época, como um capacete alemão usado na guerra, a estrela de identificação obrigatória usada no braço, diários e livros, e outros objetos. O acervo em si não é tão grande, mas o que está lá é de grande valor.

Pessoalmente, gostei bastante. Vale refletir, e de preferência levar especialmente quem é mais jovem para conhecer e tentar compreender. Gosto especialmente do fato de termos um acervo aqui no Brasil de um evento tão simbólico e significativo na história do mundo, e esta história estar um pouco mais acessível do que apenas ir aos locais da Europa.

A mensagem final é de que “Nunca vamos nos esquecer” e de fato, eu concordo que não podemos esquecer, porque não podemos deixar que isso aconteça novamente.

Aqui estão mais algumas fotos informativas e de acesso para a visita ao museu:

 

Informações sobre a visitação na área de guarda volumes do Museu do Holocausto de Curitiba
Informações sobre a visitação na área de guarda volumes do Museu do Holocausto de Curitiba

 

Painéis da área externa do Museu do Holocausto de Curitiba
Mias painéis da área externa do Museu do Holocausto de Curitiba

 

Porta de acesso ao Museu, o acesso acessível tem outra entrada.
Porta de acesso ao Museu, o acesso acessível tem outra entrada. Pode não parecer tão bonito, mas dentro é muito bem estruturado.

 

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Written by Flávia Sphair

Flávia Sphair, muito prazer! Sou Turismóloga, Viajante, Esposa, Mãe de 2 e a Blogueira por trás do Turismo em Família. Acredito que viagens e passeios proporcionam momentos e experiências únicas com que mais amamos, e minha missão aqui é ajudar famílias a viajarem mais e melhor, e também empresas do ramo a recebê-las da melhor forma possível, com consciência, respeito e empatia!

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